segunda-feira, 7 de julho de 2008

Vamos melhorar?


7 de julho, 18 anos sem cazuza.
Eu sinceramente não acho que se drogar seja uma boa saída para fugir dos problemas que nos assolam.
E como eles nos assolam.
Mas quando paro para pensar no que viveu uma pessoa como cazuza ou Renato russo, entendo, jamais as drogas, mas a necessidade que eles tinham de amenizar as frustrações. Quando consegue se enxergar e mais que isso se tem a capacidade de aceitar como real tudo isso que nos ronda é preciso muito juízo e sem duvida uma válvula de scap para a manutenção da sanidade.
Ver como as coisas estão “feias” e como as tendências se apresentam, é desanimador,
sentir que se enxerga isso sozinho em meio a zombarias, é pior ainda, deve ser como um naufrago se sente em uma ilha deserta.
Outro dia pela internet quando sintonizei uma radio de Porto Alegre, ouvi um locutor do qual agora não me recordo o nome que disse que “temos que aceitar que no mundo existem dois tipo de pessoas, as praticas e as mais filosóficas, as praticas tem a capacidade de perceber os acontecimentos mas optam por serem indiferentes a eles, as filosóficas percebem mas não tem essas opção”.
Eu acrescentaria ainda um terceiro tipo de pessoa, fruto da mutação realizada por nós em nós mesmos, seres humanos, ao longo da história. Esse tipo de pessoa é justamente um meio termo situado entre os dois anteriores, nem se abstém por vontade própria e nem sentem a necessidade incontrolável de perceber e sentir as coisas dentro de si.
Essas pessoas criam mundos paralelos onde as coisas sempre dão certo e o questionamento é uma tolice por que pode estragar o “perfeito”.
Eu realmente não sei o que uma pessoa como Cazuza produziria se ainda estivesse vivo, creio que seria muito, e tudo muito relevante. O que sei é que mesmo se drogando ele deixou sua marca e sua contribuição (lembrando sempre que a droga é algo perverso e ruim, e que este texto definitivamente não tem o objetivo de endeusar ninguém ignorando falhas, erros ou más condutas), e aquela geração que se drogava , porém pensava e se expressava, que chegou ao inicio dos anos noventa com seus trinta anos e foi acusada de nada produzir com certeza hoje deve olhar pra tudo sem entender, porque se depara com uma juventude que se droga muito mais e produz muito menos...
“Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder, ideologia eu quero uma pra viver!”. (Cazuza)



Como diria Renato russo “tudo o que eu digo aqui é só o que eu penso”, ou seja, você definitivamente não precisa concordar, aliás eu nem tenho essa pretensão.





Lucas Grenzel






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