terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Tchau eu.
Essa é só uma casca que inventei para sobreviver a estes anos.
Casca que terei que quebrar agora, caso queira sobreviver aos outros.
Eu quero tocar a água mais pura
Ter a conversa mais sobrea
Quero gritar por outras vozes, levar a vida do meu jeito
Se for para me acertar, que atirem no peito
Não posso me acovardar agora
Com o vento a favor
Nas asas a melhor plumagem
Numa melhor faze de cara e coragem
Tudo remete a despedida
Não sei quem vai dar a hospedagem
Com isso também não me importo
Não sei se logo volto
Se revejo meus camaradas
Não sei as próximas paradas
Nem que confins irão me acolher.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Vôo
sem saber se caio ou vôo
sentindo a necessidade do vento e do tempo,
eles não podem mais passar sem mim.
Quero escrever, quero caminhar, quero correr...
E se meu unico voo tiver a exata duração da queda, ja vai ter valido a pena...
Lucas da Cruz Grenzel
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Meu Lugar
É como se fossem varias belezas disputando um espaço mano a mano
A chuva, o sol e a cortina que formam sempre que se namoram
O tempo preguiçoso que remete a fim de ano no Mato Grosso
Eu gosto da minha cidade, no meu tempo não conto idade
Sou daqui desde antes, desde outra mocidade
O sol e o céu aqui são unicos, olham para baixo e com certeza pensam:
"la descerei"
Nem pro principe, nem pro rei
Sem nenhuma exceção ou ambição de agrado
Não sabem quem é peão
não sabem quem é dono do gado.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Rua dos Bêbados
La vai a criança da barriga grande
Será que ela pensa na criança?
Passa e se vê ao longe varias delas
E junto sempre o cafetão mercador de almas
A lama, um cão, todas de macacão
Umas com ele aberto
A criança já aponta
Tendo que nascer pronta
Porque quem não tem escolha tem destino
Vai aprender a lutar desde menino
Sem do País conhecer nem o hino
O homem imagem e semelhança de Deus!
Explora os seus, como nenhum outro o faz
Prova ser sagaz
Longe de ser humano
Com pouco mais de um ano
Quem saiba haja uma ida
Isso se tiver a sorte
De não conhecer a morte antes mesmo de vir a vida.
domingo, 28 de junho de 2009
Poema
me devolve!
Se não fica vazio.
É só um pedacinho!
Mas com ele eu vejo de verdade a correnteza do rio
O vôo do pássaro
E o cheiro do café
Por que segura ele nas mãos
Se não é ele que você quer?
Comigo ele tem mais serventia
Sente
Bombeia
E alivia, e ainda me faz te enxergar mais sadia.
Com ele ai as coisas não darão certo
Sua imagem fica feia
Eu fico angustiado
Quero você por perto
É melhor que você o perda
Não sei se o terá de novo uma próxima vez
Mas mesmo no amor é preciso lucidez
Só te peço uma coisa
Assim que me devolver
E tudo voltar a normalidade
E não mais existir essa formalidade
Das coisas que não dão certo
Não se angustie exceto
Se o arrependimento bater
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Oração de quem sai
Santo anjo do senhor
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Abro o jornal e leio, olho pras pessoas e vejo...
O ser humano é o animal mentalmente mais complexo que habita o planeta, esteticamente deve ser o ornitorrinco, mas, mentalmente ainda somos nós, andam na expectativa da evolução do chimpanzé, mas até lá somos detentores do posto. A nossa mente quando explorada se torna um imenso labirinto para nós mesmos, acho que por isso muitas pessoas evitam pensar em certas coisas, mas isso realmente não é desculpa para ignorar tudo, a fase de “só querer viver” já era.
É tudo mais complexo, só se acrescentaram dilemas, e as vezes você se pega rindo de você mesmo por ter feito a coisa “certa”.
Por mais que você se considere a vanguarda, seja econômica, moral ou intelectual, e acredite esse trio não se da bem, andam no Maximo em casais, você só o será se seus gestos condisserem com suas palavras e ainda assim será só mais um.
O gesto de tornar erros em acertos com o fim de maquiar os atos, ou ainda de procurar o culpado num ser ausente tem sido a política do mundo. O jeitinho de se manter no poder colocando a culpa em um “bola de neve” ou em um “Goldstein” como nas sátiras políticas de George Orwell é o que temos aceitado para nossas vidas, e não só do sistema para conosco, mas de nós para com as outras pessoas também.
Tudo que ocorre na vida de uma pessoa é culpa única e exclusivamente dela mesma. Mesmo quando parece que alguém influenciou negativamente nossas vidas, lembre-se de quem deu abertura àquela pessoa. Consertar os erros traz resultados, maquiá-los trazem conseqüências ainda em médio prazo, terríveis.
Não é para parecer moralista, por que não é, até porque a moral de hoje é velha e em grande parte das vezes só serve pra determinado tipo de gente apontar o dedo para o nosso nariz e mentir. Mas roubando descaradamente frases, em tempos em que o mal é a solidão, mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira.
Lucas Grenzel
quinta-feira, 16 de abril de 2009
42°
domingo, 25 de janeiro de 2009
Gessinger, Licks e Maltz
E o que mais me chama a atenção no Engenheiros do Hawaii da época do trio GLM , é a capacidade que eles tinham de deixar uma música melhor quando tocada ao vivo só com a guitarra o baixo e a bateria. Não que os Cd’s saíssem ruins, pelo contrario saiam muito bons, eu gosto Muito de “Filmes de Guerra Canções de amor” por exemplo, que foi uma mistura legal entre shows abertos, em teatro de forma simples e acompanhado por orquestra.
Mas nesse cd mesmo, a música “Ando só” que é tocada no piano e acompanhada alem de pelos elementos da banda, pela orquestra regida pelo maestro Wagner Tiso, tem uma versão no mínimo muito interessante só com os três tocando (procure no Youtube “Ando só programa livre”).
Eles tinham uma química, uma coisa diferente. Uma coisa que os tornavam exóticos na cena do Rock e ao mesmo tempo muito rock’n roll.Eu gosto do Trabalho dos Engenheiros de outros tempos, e dos trabalhos do Humberto. O com o Ducka Leindecker agora ta muito legal, mas com certeza (sem ataques nostálgicos de saudades do que não vivi) aquele Engenheiros do Hawaii é sem igual e merece seu lugar na história do rock nacional.
Como seria bom uma surpresa no reencontro dos vinte e cinco anos...
O que resta e esperar, ou apelar pro bom velhinho
“Senhor Papai Noel, eu me comportei direitinho esse ano...”