domingo, 18 de abril de 2010

120 Dias

A espera deve ser o que mais consome
É triste e angustia a alma
Da vitória todos bebem
Agora da amargura da espera, não
Essa você degusta sozinho
Até quem coloca fé, coloca tirando
Não é obrigação deles
É sua
E assim se segue
As noites são longas
O medo grande
A espera só angustiante
Como bote de cobra de veneno forte
Que você espera que te transmute em super-herói
Ou te mate de vez.

Mesmo sabendo que as pessoas nunca duvidam das outras pessoas
Elas sempre duvidam de si mesmas
Pensam tarefa impossível para o outro
O que pensam não poder
Mesmo ciente e consciente disso
O que faz o seu chão tremer
É o medo de elas estarem certas
Sobre este ser,
Este único ser que é você
É o medo da incredulidade delas
Sobre essas atitudes
Essas atitudes que são especificamente suas.

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